O Letramento Racial é caracterizado por um conjunto de práticas que visam desconstruir formas, atitudes voluntárias ou involuntárias de pensar e agir e naturalizar as relações entre pessoas negras e brancas no cotidiano propagando e institucionalizando o racismo nas instituições e na sociedade como um todo.

Todas as estatísticas relacionadas ao tema racismo comprovam que a população negra é predominante majoritária nos índices de vulnerabilidade social no Brasil. Políticas públicas e ações afirmativas são importantes para construir alternativas para esse cenário de desigualdades e o letramento racial é o primeiro passo para reverter esta situação.

Expressões como “inveja branca” e “a coisa tá preta” são estereótipos associados a pessoas brancas e pretas que perpetuam discursos racistas. A primeira é associada à bondade e a segunda tem conotação negativa. Ao substituí-las por sinônimos, o vocabulário rompe o ciclo. Esses são apenas dois exemplos de uma área bem restrita e quase imperceptível absorvida e institucionalizada numa cultura racista.

Durante o letramento Racial passaremos por variáveis do nosso cotidiano que nos torna uma das sociedades mais racistas do mundo, em vários aspectos, como: linguagem, abordagens, expressões corporais, formas de lidar e compreender o outro e compromisso na construção de uma nova sociedade.

Os temas decorridos nos tópicos acima tem como objetivo desconstruir o mito da democracia racial de forma mais aprofundada do que fazemos até hoje, interpretando os códigos racistas em diversos contextos do nosso dia-dia. Dessa forma, pessoas pretas e brancas serão capazes de pensar soluções que contemplem as necessidades de todas as pessoas em nosso ecossistema de convivência e relações.

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